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Mais vendido de setembro para PS5, Kena: Bridge of Spirits tem equipe recheada de brasileiros

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Profissionais receberam a oportunidade de trabalhar na modelagem 3D e na texturização de personagens

Kena: Bridge of Spirits Review
Entre os trabalhos desenvolvidos pelos brasileiros está a modelagem e texturização de personagens (Foto: Reprodução)

Por Leon Sanguiné – leon@cidadeinvisivel.art.br

Uma das principais apostas da Sony para 2021, Kena: Bridge of Spirits já é um sucesso. O jogo foi o mais vendido para Playstation 5 em setembro e vem agradando público e crítica especializada nestas primeiras semanas. Para atingir o objetivo, o estúdio estadunidense Ember Lab, criador do projeto, contou com uma equipe recheada de brasileiros no desenvolvimento.

Kena mergulha o jogador em um mundo encantador através de uma jovem guia espiritual a caminho de uma vila abandonada em busca do santuário da montanha sagrada. Ao longo da jornada, a protagonista forma alianças com pequenos espíritos que mantém o equilíbrio ao decompor elementos mortos. Uma aventura cativante que mistura exploração e puzzles com combate. 

A equipe brasileira, responsável por diversos trabalhos do jogo, é formada por cinco profissionais: Rodrigo Pixel, Eduard Oliver, Jonfer Maia, Pedro Conti e Leonardo Pordeus Nogueira. Em postagem no Instagram, o perfil oficial da Ember Lab destacou a contribuição principalmente na modelagem 3D e na texturização dos personagens e criaturas.

No jogo, Kena é uma jovem guia espiritual a caminho de uma vila abandonada em busca do santuário da montanha sagrada (Foto: Reprodução)

Ao Cidade Invisível, Rodrigo Pixel comenta que são raras as chances de trabalhar em jogos estrangeiros focados em qualidade AAA – o mais alto padrão. “Eu fico muito feliz e grato de ter tido essa oportunidade com time da Ember Lab, com a chance de trabalhar em um projeto de excelente qualidade técnica e artística como esse. Aprendi e curti muito trabalhar nesse projeto. Principalmente, por ter também a chance de trabalhar e me inspirar com trabalhos de outros artistas e amigos brasileiros talentosos.

Pixel, responsável por criar Kena pela primeira vez em 3D, conta que o trabalho oportunizou encarar desafios interessantes, como o aprendizado de novas tecnologias e softwares. O principal foi traduzir a arte 2D para a 3D de forma que funcionasse a partir de todos os ângulos de câmera possíveis. “E ainda que fosse adequado e alinhado com a visão que o estúdio precisava para o game dar certo tanto no visual, como na história, animações e mecânica do game, mantendo o mais fiel possível a ideia original do Concept Art (Arte Conceitual). Um trabalho imenso”, explica, acrescentando que alguns personagens demandaram meses de testes até se atingir o estilo adequado ao propósito do jogo.

Portas que se abrem

Jonfer Maia afirma que participar de jogos com a dimensão de Kena é a conquista de um objetivo na carreira. Na visão do artista, essa inserção de brasileiros pode significar um incentivo para que novas oportunidades surjam. “O Brasil tem muitos artistas bons e que merecem um espaço lá fora.”Para Rodrigo Pixel, a própria confiança da Ember Lab no trabalho de tantos brasileiros é a prova do talento nascido aqui. “Quando um estúdio estrangeiro nos reconhece, isso ajuda atrair ainda mais atenção do mercado de games para o Brasil. Assim, mais oportunidades podem surgir para mais artistas e desenvolvedores participarem e mostrarem o seu trabalho para o mundo.”